Só uma imensa vontade de partilha, para que a todos tudo chegue, me move...tudo o que seja pensado acima desta "fasquia" medida por uma fraqueza humana (EU mesmo) mas confiante na Providência Divina, são meras suposições humanas que eu declino em amor e verdade perante Aquele que "sonda os corações e conhece os pensamentos mais escondidos."


"Sobre os teu muros Jerusalém colocarei sentinelas que dia e noite anunciarão o NOME do SENHOR."


Não faz o obreiro mais do que lhe é devido.


Discípulo do Mestre Jesus Cristo

Servidor do Pai Criador em espírito e verdade

Porque assim quer o PAI que O sirvam

e Adorem

21 junho, 2011

Santa Casa da (sem) misericórdia



Ontem ia eu pelas minhas “deambulações observadoras” e sentei-me um pouco no largo da misericórdia.
Lá estava o “carteiro” ou vendedor de fortuna, -nunca entendi bem o que ele representa efectivamente-  turistas e turistas, ora descansando, ora na esplanada, ora tirando fotos de “recuerdos” com o dito vendedor de cautelas…
A tua igreja Senhor lá estava no alto da praça…portas fechadas, “porque os tempos assim obrigam”.
Muito me custa ouvir estes argumentos, pois numa praça a fervilhar de gente, faria sentido a Tua porta aberta, nem que fosse para os turistas fotografarem as imagens e deterem-se um pouco á Tua sombra…não que a mim me faça falta pois eu descubro-Te em toda a parte…mas tantos que têm necessidade de em assembleia Te encontrar.
Mas o que mais me entristeceu foi ver a velha figura do “Zé” já de todos, seguramente conhecida em toda Lisboa, naquele mesmo largo da Misericórdia, onde funciona a sede da santa casa da Misericórdia, que não só Te fecharam as portas, pois é mais condigno com as suas funções dos dias modernos, terem como imagem o cauteleiro, mas não há uma só alma que faça algo pelo Zé.
Vêm já uma centena de assistentes sociais e psicólogos dizer que o Zé que não quer, etc etc.
Bem, na Santa casa, que eu veja e saiba estes senhores e senhoras rondam a casa dos 30, portanto recentemente formados e em inicio de carreira, “conheço” o Zé, há 20 anos, sempre sujo e a cheirar muito mal, dizem-me estes senhores que o Zé não quer…
Pergunta que ficou sem resposta- O Zé não quer porque lhe disse a si, ou foi uma colega que lhe disse?
Muito mal vai a caridade neste País quando as pessoas que têm a responsabilidade de a “fazer” não sabem o que andam a fazer…Entregam-se à mesma inutilidade que os seus colegas, “que faz como te digo que já ando por aqui há muito, e assim não tens problemas”
MENTALIDADES PARA MIM INCOMPREENSIVEIS. Serei eu Senhor, serei eu que sou burro.
Como diria o outro, como vou eu fazer o bem para longe quando á minha porta se passa fome.
Ali é a santa casa da Misericórdia instituição centenária e erigida em fundamentos caritativos e humanos…também eu um dia, “numa outra vida” precisei de a ela recorrer…e não foi graças a ela que também eu não sou outro Zé.
Muito mal via esta casa quando necessita de gritar aos ventos, na comunicação social, as “suas obras” como uma necessidade interior de atenuamento de culpa. Nós fazemos, nós acontecemos…mas á tua porta, onde seria tão fácil.
A não ser que seja um cartão-de-visita aos turistas, como uma campanha de marketing, mostrando que ali, é uma instituição de caridade…
Ou um jogo do género: na foto ora vejam lá se encontram o zé que já se confunde na paisagem...
..bonita fotografia…bonito recuerdo…

Assim vamos…


Sem comentários:

Enviar um comentário

...perdoa a estrutura.
É fraca. Fortalece-a com a tua partilha.
Estás em casa. Senta-te. Demora-te. Fica para sempre. Só te peço que enquanto aqui estás...penses em ti.
Porque enquanto pensamos em nós pensamos em algo mais elevado do que somente estar.
...por isso quero que estejas e sejas tu própria/o.