Só uma imensa vontade de partilha, para que a todos tudo chegue, me move...tudo o que seja pensado acima desta "fasquia" medida por uma fraqueza humana (EU mesmo) mas confiante na Providência Divina, são meras suposições humanas que eu declino em amor e verdade perante Aquele que "sonda os corações e conhece os pensamentos mais escondidos."


"Sobre os teu muros Jerusalém colocarei sentinelas que dia e noite anunciarão o NOME do SENHOR."


Não faz o obreiro mais do que lhe é devido.


Discípulo do Mestre Jesus Cristo

Servidor do Pai Criador em espírito e verdade

Porque assim quer o PAI que O sirvam

e Adorem

30 outubro, 2011

desabafos que devia guardar palavras que devia calar



Das poucas vezes que me ausento do meu templo que não seja para ir trabalhar, ou passear pelo bosque, é só mesmo para as necessidades humanas tais como comer e adquirir alimentos.
Ainda á pouco estava eu no regresso duma dessas incursões aqui pelo bairro e que demora sempre algum tempo para além daquele que normalmente me proponho porque sou sempre parado por alguns irmãos que se habituaram a aproximar-se, já não só para me pedir, moedas ou cigarros ou se tenho uns ténis, etc, mas também, tendo ou não, já se sentam ou caminham um pouco ao meu lado e “naturalmente” (muitos nem percebem, porque algo lhe deve fazer sentir que o podem fazer) desenrolam os “seus rosários de penas” avidamente esperando sentir não sabem muito bem o quê,…como dizia, eles já se habituaram a não me pedir coisas, optando pelas palavras sem o perceberem…e estava eu com …o manel… quando um dos meus zelosos vizinhos com toda a melhor intenção e já pela 2ª vez,  começa por trás do manel, a fazer sinais , tentando “salvar-me das garras mortíferas” de um dos desesperados do bairro, tentando-me fazer perceber por sinais que ele só me queria era enganar. Pedir-me dinheiro.
Soubesse ele quem eu sou o que fui, e talvez tão pouco me quisesse “salvar”. Falo nisto porque tem sido uma constante…já ontem uma das minhas vizinhas me dizia o mesmo acerca de um outro irmão…
Sabes Meu Senhor que um destes dias (foi quase há pouco, quando olhando o meu vizinho com o meu coração lhe disse, que já conheço o manel , o que até é verdade, de outros tempos, e que se não se cuidasse seria eu a pedir-lhe dinheiro a ele, porque os tempos estão para a partilha de quem tem um pouco mais com quem nada tem e que me identifico muito mais com quem nada tem, porque assim já não sofro desses receios e ansiedades…de que me peçam seja o que for para além duma palavra em que sim nisso sou rico por dádiva Celeste…e que as dispenso como um excêntrico assim que alguém mas pede e por aqui me fiquei) eu vou falar do que não quero, mas já sinto que vai ser por ai, espero eu ter o discernimento e a brandura para de tão delicado assunto…é que estas pessoas que me “avisam” acerca dos nossos irmãos são todas assíduas à missa de Domingo, como eu já pude comprovar. Também para mim foi um pouco mais esclarecedor acerca daquela minha situação que assim começo a ver com clareza: o facto de me teres impelido a fazer todo o percurso dentro da Tua Igreja até ao dia que me disseste “esta é a igreja que eu Fundei, agora  e sempre, conhece-la e sai dela” e mesmo confuso e temente da minha loucura ainda assim fui insistindo, até que naquele dia decisivo em que me ia fechar para o mundo, Tu literalmente me partes a tíbia e o perónio, a mim que nunca um osso do meu corpo tinha sido quebrado até esse momento aos 34 anos…nem a cabeça como qualquer miúdo, …que protegido fui eu que corri e deambulei por onde não lembra a ninguém,  carros potentes e condução agressiva, quedas milagrosas 4 acidentes de viação estrondosos, e o que é incrível é que num desses acidentes, tenho que contar,… nesse dia eu ia de Vila Real, Norte até ao Algarve, mas o meu carro tinha avariado, e fui à Avis buscar outro que por sua vez não tinha o carro que eu queria e tive que trazer uma carrinha vw passat (que por ser bastante mais alta do que os carros que costumava utilizar teve “o papel Fundamental” no acidente”).
Eu ia e vinha no mesmo dia, tinha uma reunião que iria durar o dia todo, e só para que tenham uma ideia, não era nada fora do comum na minha vida, dai eu normalmente pisca esquerdo ligado, médios e 190/ 230 auto estrada (quero aqui dizer que embora não seja para me justificar não só porque não tem e não preciso, pode ser contraditório mas eu sempre fui um condutor muitíssimo consciente, embora utilizasse velocidades inconscientes. Fazia 15.000km mês pelas estradas de trás os montes, braga e porto, e filo durante 12 anos os acidentes que tive foram os 4 de que já estava a falar…evitei alguns. Todos nós temos de aprender de alguma maneira a crescer…dou-Te graças ó Meu querido Pai) e na viagem de volta era já 1 da manhã, eu vinha cheio de vontade de chegar a casa mas ia ainda entrar no Porto para deixar um colega que tinha vindo comigo do Algarve, o que fazia que eu viesse ainda com mais “pica” pois este desvio implicava mais 30mn no mínimo, …quando venho ali na zona de Águas Santas percebo um movimento na escuridão da estrada e vejo uma silhueta humana que entra na estrada acendo os máximos desviando-me para a faixa esquerda, é então que bato a 170 km em algo que estava na faixa de rodagem atirando esse algo para as divisões entre sentidos, perdi o controle do veiculo mas consegui segurá-lo e fui diminuindo a velocidade até o parar na berma da direita.
Enquanto isto acontecia na minha cabeça muita confusão, porque dentro do meu conhecimento aquilo não era suposto acontecer, não a mim pondo em risco o meu colega e todo o resto que envolvia a situação.
Parei e vim um camião tir 300 mt atrás parado na berma, tal como eu e entre nós a 150mt de mim estava um Lancia e um Fiat na berma também acidentados…moral do acidente.; do camião tinha estourado o pneu da galera (atrelado) pneu enorme que tinha saltado para a via, o Lancia bateu no pneu, fazendo ir ainda mais para o meio da via ao que o condutor do camião tentou ir resgatar,  tendo assim acidentado o Fiat, e depois de isto que ocorreu durante 5mn, sempre com o condutor do camião a tentar ir resgatar o pneu e a não conseguir e prevendo que a qualquer momento um grande acidente se ia dar ali ganhou coragem para correr para a faixa rápida  e tentar elevar aquele pneu para as divisões do centro e foi quando começou a caminhar na estrada que eu apareci assustando-o quando liguei os máximos fazendo-o cair para trás, e foi então que ele viu eu desviar-me para o exacto sitio onde estava o pneu da galera batendo-lhe de lado fazendo assim que ele saltasse para fora da via…este homem quando se propôs ir á estrada á faixa rápida da A1, cerca da uma da manhã de uma 6ª feira, para evitar mais acidentes pois não conseguia ver os carros a passarem e a bater, lembrou-se da sua filha de 7 meses a Maria, e consequentemente pediu A Maria que o protegesse naquele momento para que mais ninguém tivesse acidentes e ele pudesse voltar a ver a filha dele.
Aqui tudo me fez sentido.
Claro que a poucos mais fará, creio eu.
O carro que se me avariou nessa manhã era vw golf  com pneus de baixo perfil e suspensão rebaixada, e o que se soltou do pneu quando embati, passou-me me por baixo do carro ainda partindo um dos apoios do radiador, que aguentou até á porta da minha casa soltando-se no momento em que desliguei o carro…foi incrível.
Eu tinha ligado para o João S. meu amigo e gerente da Avis em Vila Real, perguntando-lhe se havia de continuar ou chamar o reboque, pois tinha ainda de passar no Porto e subir a IP4.
Mas aquela hora o reboque vinha de Amarante e mais valia intentar a viagem até porque ia em direcção a Amarante se algo acontecesse e o reboque ficaria avisado.
Os outros 3 acidentes que tive, inclusive um camião tir que me passou por cima do carro enviando-o para a sucata e fazendo o condutor do camião passar muito mal, chorando compulsivamente  e quase “morrer” quando me viu sair vivo e só com um arranhão no joelho feito pelo volante que se partiu e me prendeu a perna contra o chão do carro, (abraçou-me tanto que eu pensei que escapara ao acidente mas ele me sufocaria) não falarei sobre eles pois não há nada que possa dizer acerca deles que seja de interesse para quem lê. Posso dizer sim que muita coisa se faz numa só vez, num só acontecimento muita transformação ocorre.
Depois de experimentar o limite da humanidade em harmonia com a vontade Divina irei eu recear que um irmão me peça uma moeda? Irei recear um irmão que se aproxima? Seja com que intenções for? Deixá-lo expor as suas razões…eu lhe darei as minhas. E seguramente TU lhe apresentarás as TUAS…e a mim também.
Hoje estou triste mas em união com os meus irmãos da “prática”…os que se intitulam…praticantes…e muito bem, pois é o que fazem… a prática.
Domingo.
Dia do Senhor.
Amor & Luz.

02 outubro, 2011

Humano



Por Vontade esclarecida á 3 meses vim viver para um local por onde “flutuei” acerca de 20 anos. Local tranquilo e sereno, mas só para quem o compreende, porque para o restante dos seres vivos é um local a evitar a todo o custo como tantos outros em Lisboa e arredores…arredores como o circuito, Damaia – Cova da Moura – Buraca, onde residi os últimos 2 anos. Acerca disto escrevi noutro texto…quando cheguei aqui era o mês em que partia a Tua ultima presença física daqui depois de mais meio século, creio eu, de apostolado das “Irmãs do Divino Amor” que assim deixavam mais um espaço vazio do Seu Senhor, porque as “novas directrizes” da Ordem assim o entendiam. Até soa a um comunicado empresarial. Bem, mas não é isso que hoje me fez juntar letras.
À sexta, e sábado saio sempre mais tarde do “laboro” que me paga as contas deste mundo e assim cheguei a casa cerca das 3 horas e vinha cansado mas, fiquei em doces colóquios Contigo até perto das 7, entretanto antes de descansar um pouco fui á padaria para comer algo antes de me encostar um pouco a Teus pés.
No trajecto, encontrei irmãos nossos aqui do bairro que me pararam e com quem trocava algumas palavras, quando tudo aconteceu.
Num momento um Lancia azul aproxima-se de nós e abranda a marcha e faz a pergunta mais natural a qualquer hora; “têm branca?” ao que um dos meus amigos responde: “temos e só estamos á espera da preta para jogar ás damas…”
Esta pergunta nada teria incomum neste lugar…não fora algo que até a estes meus irmãos saltou á vista…esta jovem mulher, bonita e bem parecida, e mais o deambular pelo bairro questionando, demonstrava ainda ser iniciante…
Mas a situação que aqui deixo, mais como uma confissão de inutilidade perante coisas que por muito que tenhamos aprendido e mesmo visto (e se vi ò Meu Deus, só Tu podes saber porque tudo vês) nunca estamos preparados para elas, principalmente quando já passamos pelo mesmo inferno, numa vida longínqua:
ELA tinha uma cadeira de Bébé no carro…e com um Bébé que ainda não teria 1 ano.
Meu Deus Tu sabes o que senti nesse momento. Vi-me a mim com menos de 6 meses numa esquadra de polícia e vi tudo e mais alguma coisa que dali vai advir, para a mãe e a própria criança, e o meu coração e todo o meu ser estremeceu variadas vezes e já ia “em missão” quando aconteceu…o Quim, (o Quim Senhor…se conhecêsseis o Quim um dos que comigo conversava, entendiam o que quero dizer) me agarra suavemente no braço e me diz de uma forma que só eu poderia entender…não vale a pena, não vale a pena, já, não…

Sofri na carne e no mais profundo do meu ser “violações” e feridas e dores que não lembram a quem as não viver, primeiro na ingenuidade e depois num propósito silencioso e de que não falarão os anais da história. E que assim deve ficar apagado e esquecido como os sítios por onde peregrina. Mas esta dor foi terrível até mesmo dilacerante. Queria correr e abraçar aquela jovem mãe num abraço onde todo o meu ser se pudesse “doar” numa “consciência de partilha” para com isso lhe “mostrar”, ou melhor, “disponibilizava o conhecimento da experiência adquirida” para que ela a absorvesse em si, tal qualquer comunicação através do “ADN do espírito”, da monada, da essência Una, ou da simples filiação que nos une como irmãos.
O que eu queria mesmo era poder ter feito algo, num momento em que isso me parecia tão útil, e mesmo sabendo todos os benefícios/malefícios destas abordagens abruptas e inesperadas. Mas meu Senhor, não era ao que o momento obrigava?
Dizes que não porque se fosse, eu o teria chegado a fazer…e como eu sei que isto é verdade…porque nesses momentos não sou eu que me movo…ou me paro.
A verdade é que as palavras mesmo impregnadas de experiência só devem ser proferidas quando os ouvidos já estão preparados, antes disso, só vai trazer mais dores e confusões.
É o mesmo que dizer a alguém que inicia o aprendizado de condutor de um veículo que as mudanças “se metem” carregando na embraiagem quando ainda não sabem ligar o carro…
Porque dizem as pessoas…se soubesse o que sei hoje…
Pois, mas não sabias…nem tu nem eu, nem ninguém sem antes o ter vivido… mesmo o “ver” grande parte das vezes não chega…é preciso viver.
Creio que a frase mais correcta, será; graças te dou ó Pai por saber o que sei hoje e disponível para aprender o amanhã, quando ele chegar, se ele chegar.
Mas eu sou um ser humano que quanto mais de se desassocia da sua humanidade, “ mais Humano” fica nos sentido estrito desta palavra, o que me faz depreender daqui que a elevação espiritual nos “arrebata” sempre no sentido de restabelecer o que há de melhor no ser humano e isso é mesmo a sua “Humanidade”, aquele sentimento que nos liga um ao outro e que vem sempre ao de cima em momentos extremos da nossa História.
O Olhar Humano tem de ser um olhar que vê o seu Igual…Igual. Fraquezas, desejos, pensamentos e com o mesmo direito de os ter ainda que não de acordo com os nossos …e com as mesmas possibilidades.
Este é o olhar Humano. Onde nos revemos uns nos outros. E temos de perceber nesse olhar que aquele ser que também me olha é Humano, tal como eu.
E tu. Olhar Humano é ver através para além da carne.
 É ver que a Humanidade é única; é não julgar nem criticar; é amar só porque sim, todos e cada um, para lá de todas as capas e véus, na sua Humanidade.
E assim nos tornamos Espirituais.

Por esta jovem mãe e a sua cria e por todos os “perdidos” que lutam por Ser infundamos Amor nestas presenças confusas ainda que á distância. Por um minuto pensamos em “doar” um pouco do nosso equilíbrio, ainda que muitas vezes frágil, a estes e estas almas, que só pedem uma Luz para o Caminho.
Dói muito entender que não o faremos todo.
Que não podemos abraçar o mundo. Principalmente se o mundo ou grande parte o rejeita.

Senhor meu Deus,
não sei para onde vou.
Não vejo o caminho em frente,
nem sei ao certo onde ele findará.
Na verdade nem me conheço
e o facto de pensar
que estou a seguir a Tua vontade
não quer dizer que eu esteja a ser-lhe fiel.
Mas creio que o desejo de Te agradar
Te agrada realmente.
E espero manter este desejo
em tudo quanto fizer.
Espero jamais fazer qualquer coisa
alheia a esse desejo.
Sei que, se agir assim,
Tu me conduzirás pelo caminho certo,
embora eu nada possa saber sobre ele.
Por isso, sempre confiarei em Ti,
mesmo que me sinta perdido
ou às portas da morte,
nada recearei,
pois Tu estás sempre comigo
e nunca me deixarás sozinho.
(T. Merton)

Oração pela Efusão do Espírito Santo

Vem, Espírito Santo,
E renova em mim a chama do Teu amor.
Enche-me de fé, Senhor,
E revela com Tua luz todas as minhas dores e traumas.
Liberta-me, Espírito Santo,
E faz de mim uma nova criatura.
Santifica o meu espírito e alma,
Renovando também todo meu ser, emoções,
Mente, ouvidos, olhos, lábios e actos.
Capacita-me a viver a Palavra de Nosso Senhor
Jesus Cristo em toda sua profundidade.
E agora, Santo Espírito,
Dá-me os Teus dons
Para que eu possa melhor servir o reino de Deus,
Amando, indistintamente, todos meus irmãos.
Mas, acima de tudo, derrama o Dom do louvor,
Para que, em tudo e por tudo,
Eu glorifique o Senhor Eterno, Pai da Criação, Nosso Deus.
Em nome de Jesus Cristo.
Amem.
Vinde, pois, ó Espírito Santo, Pai das almas, vinde, inundai-nos do Vosso amor!
Sequência Devotíssima
Vinde, Santo Espírito, e mandai do céu um raio de Vossa luz.
Vinde, Pai dos pobres, vinde, ó distribuidor dos bens, vinde, ó luz dos corações.
Vinde, Consolador óptimo, doce Hóspede e suave alegria das almas.
Vinde aliviar-lhes os trabalhos, temperar-lhes os ardores e enxugar-lhes as lágrimas.
Ó luz beatíssima, inflamai o íntimo dos corações dos Vossos fiéis.
Sem a Vossa graça nada há no homem, nada que se possa dizer inocente.
Lavai, pois, o que em nós é sórdido, regai o que é seco, sarai o que está ferido.
Abrandai o que é duro, abrasai o que é seco e reconduzi o desviado.
Concedei aos Vossos servos, que em Vós confiam, os Vossos 7 dons.
Dai-lhes o mérito da virtude, o dom da graça final e o glorioso prémio dos prazeres eternos.
Assim seja